Lançada na Netflix em 25 de janeiro, a minissérie “Griselda” é uma história baseada em fatos reais sobre a narcotraficante Griselda Blanco.
Ao longo de seis episódios, a atriz Sofía Vergara, conhecida por seu papel de Gloria em Modern Family, dá vida à personagem que ficou conhecida como “Madrinha da cocaína” e que dominou a cena de drogas nas décadas de 70 e 80 em Miami, nos Estados Unidos.
Nascida em 1943, Griselda é considerada a pioneira do narcotráfico, tendo feito sucesso e conquistado muito dinheiro nesse universo pelas décadas de 1970 e 1980. Estima-se que em determinado período do tráfico de drogas, tenha feito US$ 80 milhões por mês (aproximadamente R$400 milhões).
Griselda entrou no mundo do crime ainda pequena, com 11 anos de idade, quando roubava carteiras. Foi ainda acusada de sequestrar – e matar – um garoto de 14 anos depois de não receber o resgate. Aos 14, cansada de ser abusada pelo pai, fugiu de casa.
A narcotraficante logo conheceu seu primeiro marido, grande responsável por induzi-la ainda mais no mundo do crime. Ele falsificava passaportes e participava do tráfico de pessoas. Com ele, Griselda teve três filhos, todos morreram ao longo dos anos.
Depois da morte do primeiro marido, Griselda ainda se casou outras duas vezes. Em um dos casamentos teve Michael Corleone Blanco, o filho mais novo e único sobrevivente da família, como relata a imprensa atualmente. Griselda é acusada de matar os dois últimos maridos, por divergências no negócio.
Em 1985, ela foi presa na Califórnia e condenada por narcotráfico, ficando presa durante 20 anos.
Solta em 2004, Griselda foi deportada para Colômbia e viveu sem confusões até 2012, quando foi assassinada na porta de um açougue.
“O único homem que eu temi em minha vida foi uma mulher chamada Griselda Blanco”. Tal frase teria sido dita supostamente por Pablo Escobar, considerado o “rei da cocaína” e que também inspirou uma produção da Netflix, intitulada “Narcos”.
Ambos conduziram seus negócios no tráfico ao mesmo tempo. No entanto, Griselda conduzia seus negócios com base em Miami, nos Estados Unidos, enquanto Pablo atuava em Medellín, cidade da Colômbia.
Ao começar no tráfico de drogas, Griselda traçou as rotas que seriam mais “seguras” para transportar a mercadoria pelas fronteiras. Além disso, a narcotraficante também teria sugerido que as “mulas”, pessoas responsáveis por transportar cargas ilícitas, colocassem as drogas nas roupas intímas. Ela chegou a fundar uma loja de lingeries como fachada e criava compartimentos específicos para esconder a mercadoria.
Ambas as inovações teriam sido usadas por Pablo Escobar no futuro.
Os rumores são de que os dois não se davam bem e que conflitavam entre si por serem semelhantes em seus negócios. Griselda também teria usado de maior violência que Pablo na gerência de seu trabalho no tráfico.
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