Com a proposta de incentivar o hábito da leitura entre pacientes internados no Hospital Ophir Loyola, em Belém, e os acompanhantes, a unidade investiu na implantação do projeto “Carrinho da Leitura”. A iniciativa da humanização disponibiliza um recurso de entretenimento para a ocupação do tempo ocioso durante o período de hospitalização, e busca ainda amenizar as situações estressantes provocadas pelo adoecimento. Ao total, cinco carrinhos foram distribuídos entre as áreas clínicas e de quimioterapia.
“As doenças oncológicas são complexas e promovem mudanças na vida social, familiar, econômica e espiritual do paciente. Em razão disso, buscamos acolhê-lo e mitigar os efeitos da internação, como as tensões emocionais causadas pelo afastamento do lar e a ansiedade durante a espera por um procedimento”, informou a psicóloga Rayssa Imbiriba, que coordena o setor de humanização do hospital.
As doações recebidas são avaliadas por uma equipe antes de serem colocadas nos carrinhos expositores. São livros de poesia, contos, crônicas curtas e histórias de superação que proporcionam leitura agradável e mensagens positivas. “As obras literárias funcionam como um escape durante o tempo que passam conosco. Ajudam os pacientes se desligarem das angústias e preocupações e contribuem para o bem-estar”, destacou a psicóloga.
O professor universitário Raimundo Adelson, 44 anos, aguarda por uma cirurgia para tratar um tumor na glândula hipófise, que é responsável por regular as funções hormonais essenciais do organismo. Longe de Macapá, cidade de origem, o docente vê no projeto uma excelente oportunidade de estimular o hábito da leitura nos pacientes.
“As pessoas passam bastante tempo internadas, por isso, além de oportunizar a aquisição de conhecimento e cultura, funciona como uma terapia e ‘exercício’ para o nosso cérebro durante os períodos em que estamos internados”, disse o docente.
A clínica de neurocirurgia foi uma das beneficiadas com o projeto devido ao perfil dos pacientes assistidos.
“A leitura é um recurso incrível no ambiente hospitalar. Por meio dela, podemos promover humanização, cultura e ludicidade. Além disso, favorece a integração e desperta sentimentos positivos ao reduzir o estresse. Especialmente aqui, na clínica, onde a leitura contribui bastante para a cognição, visto que estimula o raciocínio, desenvolve pensamento crítico, amplia a criatividade e estimula a capacidade de concentração, atenção e memória”, destacou Melo.
Texto:Leila Cruz/Ascom Ophir Loyola
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