Continuando com as ações para evitar a entrada da Influenza Aviária no Estado, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) reuniu representantes de 11 instituições governamentais e privadas da área ambiental para definirem estratégias continuadas do trabalho preventivo. A reunião ocorreu no auditório da Adepará nesta quarta-feira (07) e contou também com a participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Esta reunião é um marco entre o relacionamento técnico da Adepará com as instituições de meio ambiente juntamente com o Ministério da Agricultura, para trabalharmos em conjunto e evitar a entrada da Influenza Aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Estado”, enfatizou a fiscal agropecuária e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola-GPESA/Adepará, Lettiere Lima.
A gerente ressaltou a importância de trabalhar em parceria com essas instituições ambientais que reforçarão as atividades técnicas realizadas pela Adepará, haja vista passarem pelo Pará três rotas de aves migratórias, onde há o risco, durante a migração do Hemisfério Norte para o Sul, de aves infectadas passarem pelo Estado.
“Esse trabalho em conjunto só vem a somar com as atividades técnicas. Nós, como Defesa Agropecuária, precisamos do auxílio técnico das instituições ligadas ao meio ambiente, como a proteção de animais silvestres, para que possamos realizar um atendimento adequado para possíveis casos, já que temos três rotas de aves migratórias no Estado”.
Tenente Major MouraO Batalhão de Polícia Ambiental, um dos órgãos participantes, é considerado uma das linhas de frente, já que trabalha com o resgate de aves diariamente, e é essencial que esteja ciente de todos os procedimentos preventivos referente à doença.
“Para o Batalhão de Polícia Ambiental é importante participar desta reunião, pois somos considerados linha de frente, principalmente em resgate de aves na Região Metropolitana de Belém, e precisamos alinhar as condutas que serão seguidas, assim como a destinação das aves que forem resgatadas”, informou o tenente-coronel Moura.
Durante o encontro, os representantes conheceram mais sobre a doença, a atuação do Serviço Veterinário Oficial da Adepará e receberam orientações de como proceder em ocorrências de suspeita de Influenza Aviária de alta patogenicidade no Estado do Pará, além de sanarem suas dúvidas em relação aos procedimentos e sugerirem estratégias de prevenção e controle.
A Adepará também apresentou o plano de prevenção e ações que vem realizando, entre eles vigilância ativa e passiva com as diretrizes do PNSA/Mapa.
“A Agência vem trabalhando com a vigilância ativa e passiva. A passiva diz respeito à notificação de doenças de síndrome respiratória e nervosa nas aves, nosso serviço oficial veterinário (SVO) realiza o atendimento técnico. A ativa é a coleta de material biológico das aves. E agora, estamos trabalhando em conjunto com as instituições ambientais. É mais um passo para ação e prevenção da doença. É todo um conjunto de atividades que o SVO/Adepará vem realizando para evitar a IAAP no Estado”, finalizou a gerente Lettiere.
Este foi o primeiro encontro entre as instituições, que será realizado continuamente para que fiquem alinhados, atuem em parceria, e continuem executando o plano de prevenção e contingência contra a Influenza Aviária.
PARÁ LIVRE DA INFLUENZA– Vale ressaltar, que até o momento, não há nenhum caso de Influenza Aviária ou Doença de Newcastle no Estado do Pará. Mas a Adepará permanece vigilante e atuando na prevenção.
Por causa do registro dos casos da doença em aves silvestres no Brasil (28 casos, registrados, atualmente), a Adepará intensificou as ações de vigilância e está em fase final de elaboração do Plano de Contingência Estadual de IAAP, além de capacitar as equipes que atuam na Emergência Sanitária (grupo Gease).
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