Em continuidade ao projeto que visa transformar homens em agentes multiplicadores dos direitos do público feminino no Pará, a Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), iniciou nesta terça-feira (29) a 3ª turma do Projeto "Eles com Elas pelo fim da violência de gênero". O projeto já atingiu mais de mil homens em ações realizadas pela Secretaria em vários municípios.
Segundo Max Carvalho, coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em Tomé-Açu, município do nordeste paraense, o curso terá reflexos positivos na dinâmica dos atendimentos diários. "Fico muito feliz em fazer parte desse projeto. Acredito que ele será realizado em outros municípios, empresas privadas e públicas. É um trabalho inovador, e que certamente será referência para todo o País. O que nós aprendemos aqui, com certeza, será aplicado nos atendimentos que realizo no meu município", informou.
"É uma situação que nós, homens, temos que mudar, os nossos preconceitos e nossos paradigmas. E temos que entender que existem também as políticas públicas voltadas para mulheres, assim como as políticas públicas voltadas para os homens. O conhecimento adquirido aqui vai contribuir especialmente com a minha função na segurança pública, que exige um atendimento muito cuidadoso com as vitimas de violência doméstica", ressaltou o inspetor Ronildo Costa, da Guarda Municipal de Belém.
Temática- As aulas prosseguem até quinta-feira (31), das 8h às 17h. Durante a programação, os alunos debatem sobre Masculinidades e Saúde Mental; Saúde do Homem; Grupos Reflexivos com Homens; Masculinidades e Diversidade; Prevenção à Violência de Gênero e Rede de Proteção de Meninas e Mulheres.
"No final do curso os participantes elaboram um plano de ação para colocar em prática nos seus territórios. Portanto, não é só um curso teórico. Eles replicam os aprendizados em suas instituições e seus municípios. Os alunos que já terminaram o curso têm relatado como a experiência é positiva, e melhora o relacionamento com outras pessoas, esposas e familiares. O homem começa também a perceber a importância de cuidar da própria saúde ao deixar de lado o machismo", explicou Laura Kals, psicóloga da Semu.
Violência- De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, todas os tipos de violência contra a mulher cresceram, incluindo agressões decorrentes de violência doméstica, violência psicológica, tentativa de homicídio, stalking, ameaças, estupro, feminicídio e tentativa de feminicídio.
Os dados divulgados mostram ainda que 90% dos assassinos de mulheres são homens; 63% correspondem ao crime cometido por parceiro íntimo; 21,2% por ex-parceiro íntimo e 8,7% por um familiar.
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