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Em Belém, CIIR promove música em reabilitação para Pessoas com Deficiência

Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs)

07/06/2023 15h10
Por: Redação Fonte: Secom Pará
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Você já deve ter ouvido falar nos benefícios da música para as pessoas. Levando ao pé da letra este ditado popular, no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, a música é, de fato, uma aliada terapêutica na reabilitação de Pessoas com Deficiência (PcD) assistidas pela instituição.

Conduzida pelo professor de música, Paulo Sérgio Fonseca, do setor de Arte e Cultura, a atividade destaca-se por ser global. “A música desenvolve no reabilitando a coordenação motora quando inicia o processo de tocar um instrumento, por exemplo, um violão; suas cordas aprimoram a coordenação motora fina. Outro ponto é a falta de concentração, interação social e dificuldade na fala, mas que, por intermédio da música construímos a autoestima. Então, a atividade potencializa diversos aspectos”, pontua o profissional.

De acordo com Paulo Sérgio, a Oficina de Música é parte integrante da equipe multiprofissional do CIIR que atua juntamente com a fonoaudiologia, terapia ocupacional, educação física e a psicologia para o quadro clínico do reabilitando obter respostas ágeis e positivas.

“No decorrer do acompanhamento, todos esses pontos ligados às terapias são estimulados. Quando o usuário chega para a oficina, por exemplo, uma pessoa com paralisia cerebral, recebo um prontuário descrevendo a demanda que a musicalidade pode melhorar naquela pessoa. Se tem uma dificuldade na fala, vamos por intermédio do canto, aperfeiçoar, e o que é mais possível trabalhar no reabilitando. É uma atuação em conjunto com todas as especialidades”, detalha o professor.

Tendo em seu plano terapêutico de reabilitação inserida a Oficina de Música, Wheley Silva, de 14 anos, conquistou ganhos com a prática. De acordo com a mãe, Rene Silva, o menino diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) “aperfeiçoou a concentração, controle emocional e, principalmente, a coordenação motora”.

Com a performance positiva de Wheley durante as sessões da oficina, o desempenho incentivou os pais a estarem junto com ele e, a agora, a família formou um trio musical, ou melhor, a “banda dos Silvas”, como a genitora brinca.

“Para unir ainda mais a gente, eu tive a ideia e, claro, perguntei ao professor se ele autorizava os pais a participarem. Pensei em praticar para ficar mais próximo do Wheley e dá uma confiança a mais a ele, uma forma também de acolher; sabe como é aquele instituto materno? Também, sempre tive vontade de aprender a tocar instrumentos. Eu aprendendo posso ensiná-lo em casa e o que ele assimila, pode nos ensinar; é uma troca e isso acontece em casa. Hoje, nós temos um violão e no fim de semana, os três fazem a festa em casa”, completa com um sorriso no rosto.

Segundo o profissional, foi planejado uma proposta didática para que a família começasse a aprender unida. “Realizamos uma proposta rítmica para aprimorarmos alguns pontos, principalmente, a coordenação motora de cada um, porque para tocar em grupo, precisa-se estar concentrado e a percepção musical compreendendo as notas e desenvolvendo no instrumento ao longo da música. Essa questão, por exemplo, no início, a família não tinha, mas hoje, com a Oficina, o trio desenvolve bem os movimentos que administram durante a música”.

Atualmente, a mãe salienta que consegue apreciar a música de outra maneira que antes não absorvia. Ainda, a atividade proporcionou a ela superar problemas de saúde. “Antes eu convivia com a ansiedade. A música é um desestresse, total relaxamento para a mente e o corpo. Quando estou na Oficina, é um momento único onde eu esqueço os problemas lá fora. Hoje, consigo ouvir a melodia e sentir as notas, o que antes, eu ouvia sem atentar”.

O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço:

O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042.2157 / 58 / 59.

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