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Ideflor-Bio discute estratégias para proteção do angelim-vermelho e outras árvores gigantes

Uma proposta é transformar a Floresta Estadual do Paru, onde foi encontrada a árvore com mais de 88 metros de altura, em Unidade de Proteção Integral

30/05/2023 20h45
Por: Redação Fonte: Secom Pará
Crédito: João Vitor Santos / Ascom Ideflor-Bio
Crédito: João Vitor Santos / Ascom Ideflor-Bio

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) recebeu nesta terça-feira (30), em Belém, representantes do Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP) e do Instituto Federal do Amapá (Ifap), para discutir estratégias e a possibilidade de novos estudos que visam à preservação das árvores gigantes da Amazônia.

Reunião entre servidores do Pará e Amapá para definir estratégias de proteção ambiental

A árvore da espécie angelim-vermelho (Dinizia excelsa), considerada a maior da América do Sul e a quarta maior do planeta, foi descoberta entre 2016 e 2018. Medindo 88,5 metros de altura e 3,15 metros de diâmetro, a árvore possui de 400 a 600 anos de existência. O angelim-vermelho é encontrado em território paraense, precisamente no município de Almeirim, Noroeste do Estado, na Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável Floresta Estadual do Paru (Flota do Paru).

Além da mais alta, estima-se que haja outras 35 árvores acima de 80 metros, nos estados do Pará e Amapá. Com o objetivo de proteger essa riqueza natural, a Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio) já estuda a recategorização de 500 mil hectares da Floresta Estadual do Paru, que atualmente é uma UC de Uso Sustentável, para UC de Proteção Integral.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, recebeu o titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Conflitos Agrários do MP-AP, Marcelo Moreira, e o diretor do Ifap - Campus Laranjal do Jari (AP), Diego Armando Silva da Silva.

Nilson Pinto, presidente Nilson e o promotor Marcelo MoreiraDesafios- Nilson Pinto informou que foram identificados, no mínimo, dois desafios neste trabalho intersetorial. “O primeiro deles é fazer a identificação dos materiais biológicos daquela região, se há mais árvores, como são os acessos aos vegetais, ou seja, mapear de fato toda a localidade. O segundo é a parte mais administrativa, a qual vai requerer esforços de ambos os estados, para que a gente possa garantir a proteção dessa riqueza natural”, enfatizou o presidente.

Já estão previstas para o segundo semestre deste ano duas expedições, uma no início de agosto e outra em setembro, para fazer um levantamento minucioso das árvores gigantes, da flora e da fauna do entorno e das condições gerais ambientais, como relevo, tipo de solo, hidrografia e outras informações pertinentes que justifiquem a recategorização.

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