Pesquisa publicada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, citada no portal da CNN, abordou questões relacionadas à saúde mental na escola de estudantes do ensino médio no país, como relatos da existência de sentimentos de tristeza e desesperança persistentes, além da consideração de suicídio ou tentativa de suicídio nos últimos 10 anos.
Segundo a pesquisa, a saúde mental dos jovens foi agravada durante a pandemia da Covid-19 - em geral, 37% deles passaram por problemas com saúde mental na maior parte do período; 44% sentiram tristeza persistente ou desesperança, fazendo com que parassem de realizar atividades rotineiras; um em cada cinco considerou o suicídio como alternativa; e, aproximadamente, um em cada 10 estudantes tentou o suicídio.
A pesquisa ainda revela que a saúde mental mais debilitada foi observada entre jovens gays, lésbicas e bissexuais, além de estudantes do ensino médio. "Os jovens estão em crise", diz a diretora da divisão de saúde escolar e adolescente do CDC. "Esses dados e outros como esse nos mostram que os jovens e suas famílias estiveram sob níveis incríveis de estresse durante a pandemia. Nossos dados expõem rachaduras e revelam uma importante camada de insights sobre as rupturas extremas que alguns jovens encontraram durante a pandemia."
Os estudantes que relataram se sentir próximos das pessoas na escola ou virtualmente ligados eram menos propensos a sofrer de questões de saúde mental durante o período pandêmico. Estudantes gays e lésbicas eram, porém, menos predispostos em relação aos heterossexuais a se sentirem ligados às pessoas no ambiente escolar. Além disso, mais de um terço dos estudantes, incluindo quase dois terços dos estudantes asiáticos e mais da metade dos negros, mencionaram ter sofrido racismo antes ou durante a pandemia. Esses grupos também se sentiram menos conectados às pessoas na escola e mais vulneráveis aos problemas de saúde mental, concentração, memória ou na hora de tomar decisões.
Escolas municipais focam a busca ativa de estudantes após pandemia da Covid-19
Ainda sobre vestígios da pandemia da Covid-19, no Brasil, de acordo com estudo conduzido pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a partir do portal R7, com a volta das aulas presenciais, as escolas municipais começam a investir na procura de estudantes que não voltaram e na recuperação do ensino perdido durante o período pandêmico.
O estudo teve apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Itaú Social, contando com 3.372 secretarias municipais de educação, 80% das redes do município com aulas presenciais e 90% com atividades presenciais cinco vezes por semana em todas as fases de ensino, registrando adesão completa (ou quase) dos estudantes.
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