Cada vez mais presente nos corpos, a tatuagem deixou de ser uma prática de minorias e passou a ser popular no mundo, inclusive no Brasil, mesmos endo um procedimento invasivo. Na tatuagem, a pele é pigmentada por substâncias e corantes de origem vegetal ou mineral, através de agulhas ou similares.
Sem os devidos cuidados básicos de higiene, esta prática poderá trazer riscos como alergias, queloides (má-cicatrização), infecções por bactérias e até mesmo a possibilidade de infecção por vírus HIV e hepatite. Segundo o dermatologista Fernando Passos de Freitas, em uma entrevista para o site www.nsctotal.com.br, de 05/10/2020: "Inflamar não é comum, mas o risco não pode ser totalmente descartado. É natural, em um prazo de até sete dias, a região tatuada ficar avermelhada, inchada e dolorida. Após tal prazo, se a região estiver inflamada será possível notar vermelhidão em alguns pontos, dor, elevação do desenho e coceira excessiva. Em casos mais graves, pode até aparecer pus, indicando infecção" explica.
"A fixação dos pigmentos na pele ocorre por meio do processo inflamatório local que levará ao aparecimento de células chamadas macrófagos, que tentam destruir o pigmento, mas não conseguem e acabam formando o desenho da tatuagem", esclarece o dermatologista.
A tatuagem pode inflamar por diversos fatores, sendo os 3 principais, a falta de assepsia adequada pelo tatuador, ingestão de alimentos contraindicados e a exposição ao sol antes do período de cicatrização.
Após tatuar, é comum sentir dor e febre no local por 2 ou 3 dias. Afinal, foi necessário lesionar a pele para inserir o pigmento, porém alguns outros sintomas podem indicar que a tatuagem inflamou. Os sintomas:
— Irritação e aumento da vermelhidão no local da tatuagem;
— Secreção amarelada;
— Mau cheiro;
— Dor e febre prolongada.
Apresentando estes sintomas, procurar um dermatologista e investigar a causa da infecção e iniciar o tratamento mais adequado para o caso. Recomenda-se que após um procedimento de tatuagem ou piercing, lista recomendações a seguir:
— Higienização adequada: fazer a limpeza do local com um sabonete neutro e água gelada;
— Evitar o contato de plásticos e algumas peças de roupa: o plástico e tecidos grossos podem abafar a região, impedindo com que a pele respire. Isso poderá se tornar propício para o desenvolvimento de uma inflamação;
— Evitar exposição ao sol: a luz solar pode dificultar o processo de cicatrização e interferir no alojamento da pigmentação nas camadas da pele;
— Não retirar as casquinhas ou coçar a tatuagem, ou região perfurada: isso facilita a infecção da região, tornando-a exposta às bactérias;
— Utilizar uma pomada do tipo antibiótico bacteriostático quando solicitado pelo tatuador ou piercer: esta pomada é indicada para infecções cutâneas, evitando o desenvolvimento de bactérias e ajudando na cicatrização.
Essas são algumas dicas para se atentar ao fazer a primeira tatuagem ou para quem já tem o costume e quer se atentar sobre as questões relacionadas à saúde e bem-estar.
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