Com as medidas aprovadas pela Câmara dos Deputados para contenção da propagação do vírus responsável pela Covid-19, o país pôde observar uma onda de cancelamentos e adiamentos de shows, festivais e outros tipos de eventos que pudessem resultar em qualquer forma de aglomeração. Esse cenário impactou de maneira intensa a receita do segmento de festivais musicais, mas em 2022, com o progresso da imunização, os eventos de música já voltam a reunir grandes públicos.
Um levantamento realizado em 2020, primeiro ano da pandemia, pela Data Sim, núcleo de pesquisa da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM São Paulo), aferiu que as perdas do mercado musical brasileiro, por conta da crise sanitária, ultrapassaram os R$ 480 milhões antes mesmo do final do primeiro semestre. Naquele ano, o estudo contou com a colaboração de mais de 500 produtoras nacionais, e identificou 8.141 eventos cancelados ou adiados com projeção de público superior a 8 milhões de pessoas.
Sendo responsável pela movimentação de grandes quantias e geração de empregos, a retomada das atividades do setor promete impulsionamento da economia e aumento das atividades dos profissionais da área de forma presencial.
Sobre a retomada dos festivais após 2022, o cantor, compositor e produtor Manuh acredita ser um retorno necessário, “apesar das lives fazerem muito sucesso durante a pandemia e abrirem um novo mundo de possibilidades para a venda de música digital, somos seres sociais. O ser humano precisa de um ao outro, nós precisamos ter contato um com o outro de forma física”, diz.
Corroborando com a fala do profissional a respeito do consumo de música pelas mídias digitais, um levantamento da Counterpoint Research verificou que, no primeiro trimestre de 2020, o número de assinaturas de serviços de streaming de música apresentou um crescimento de 35% em comparação ao mesmo período do ano anterior a pesquisa, alcançando a marca de 394 milhões de usuários.
Ponderando sobre possíveis mudanças que o mercado da música poderá enfrentar após a pandemia, Manuh, que já ganhou algumas premiações com sua música, como o 1º lugar do Concurso Anual de Talentos do Mês da História Negra de 1997, afirma que o mercado já mudou. “O approach já não é mais o mesmo de dois anos atrás. Não só no sentido de vendas de música e shows ao vivo, mas a relação do público com os artistas e a música propriamente dita. Reuniões, logística, medidas de segurança, contratos, diversos setores e subsetores do mercado musical e artístico como um todo mudaram e não irão voltar atrás”, completa o artista.
Para mais informações, acessar ffm.to/manuh
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