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Estudos Complementares do Revalida oferecidos pelo Governo do Pará chegam à etapa final

Médicos que não alcançaram nota no último Revalida farão novamente a prova, após um ano de aprendizados teóricos e práticos em unidades de saúde do...

17/01/2024 08h47
Por: Redação Fonte: Secom Pará
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Em uma iniciativa inédita do Governo do Pará, médicos que não alcançaram a nota de corte para aprovação na última edição do Revalida puderam participar, ao longo de 2023, de atividades de Estudos Complementares no Arquipélago do Marajó. Esta etapa extra, instituída no processo do Pará de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior, proporciona um ano de aprendizado teórico e atividades práticas aos profissionais, com atendimento em unidades públicas de saúde, para posterior reaplicação da prova.

Desenvolvida pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), a iniciativa ofertou bolsas de estudos a 59 profissionais nesta etapa de preparação.
“Iniciamos a fase de Estudos Complementares em fevereiro de 2023, e estamos finalizando em 31 de janeiro deste ano. Os revalidandos ficaram sob a supervisão de tutores, que são médicos do município, e de professores da Uepa, que ministraram conteúdos teóricos sobre os temas mais frequentes na Atenção Básica. Em fevereiro, nos dias 1º e 2, eles farão nova prova teórica e de habilidade. Quem alcançar a nota para passar terá o diploma revalidado pela Universidade”, explica Regina Carneiro, coordenadora do Revalida na Uepa.

Os Estudos permitiram o contato direto dos profissionais com os pacientesAcompanhamento- O médico brasileiro Ramonn Raymon Varela, que cursou medicina na cidade de Cochabamba, na Bolívia, é um dos participantes dos Estudos Complementares em Oeiras do Pará. O profissional informa que, durante esse tempo no Marajó, os participantes foram acompanhados por tutores médicos, que já possuem registro no Conselho Federal de Medicina (CRM), formados no Brasil ou revalidados.

“A experiência de trabalhar no Marajó foi, ao mesmo tempo, desafiadora e gigantesca pra mim. Eu aprendi muito, principalmente a olhar a profissão e os pacientes ribeirinhos com outros olhos. Essa vivência foi extremamente importante porque muitos profissionais não tinham essa vivência, nem costume, inclusive com algumas doenças tropicais características da região. Só temos a agradecer ao governo do Estado pela oportunidade. Acho que a nossa missão está sendo cumprida, e vai ser agora finalizada com a nossa revalidação”, afirma Ramonn Varela.

Após cursar medicina na Universidade de Kursk, na Rússia, Rodrigo Prado, participante dos Estudos Complementares do Marajó, no município de Muaná, é outro profissional que participará da reaplicação do Revalida. “Para mim, foi uma experiência incrível, na qual pude, realmente, exercer aquele juramento que fiz ao sair da universidade, que é ajudar a proteger a saúde e ter a real preocupação com o próximo. Sinto que é aqui mesmo o local que eu precisaria estar e exercer a medicina na sua plenitude”, garante.

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