A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) iniciou nesta quinta-feira (30), a Formação de Equipes Gestoras das escolas de tempo integral, que tem como objetivo ampliar os diálogos do ensino e preparar os gestores para o início do ano letivo, nas metodologias de êxito do modelo de gestão. O curso encerra nesta sexta-feira (01) e é direcionado para diretores, coordenadores pedagógicos, técnicos e dirigentes das diretorias Regionais de Ensino (DRE).
No encontro, foram abordadas questões como modelos, planos de trabalho e perspectivas das escolas que já atuam com esta modalidade de ensino. Os gestores das escolas que passarão a ofertar esse modelo, puderam aprender mais sobre a matriz curricular durante o evento de hoje (30).
Gabriela Bonfim"Trata-se de uma formação inicial com os gestores, apresentar para eles o que que muda na escola do tempo parcial para o tempo integral, abordar o modelo pedagógico sobre os novos componentes curriculares que passarão a ofertar e também falar sobre o modelo de gestão dessa escola", disse Gabriela Bonfim, coordenadora de Escola de Tempo Integral da Seduc.
A coordenadora ainda destacou os resultados educacionais positivos nas escolas de tempo integral no país. "Quando a gente observa os resultados educacionais das escolas de tempo integral no Brasil afora, nos deparamos com resultados muito significativos. Tanto na proficiência do aluno, quanto no combate ao abandono e evasão escolar. Para nós o ensino integral é uma prioridade e é muito necessário avançar na expansão deste modelo de ensino, na ampliação do atendimento dos alunos em tempo integral", disse a coordenadora.
A formação será feita em dois dias, onde será trabalhado o modelo pedagógico e o modelo de gestão das escolas. O encontro é conduzido pelas consultoras do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), parceiro da Pasta.
Carmem Barbosa"Essas formações fortalecem o trabalho das escolas de ensino integral no Pará, além de fundamentar aquilo que já é oferecido pelas unidades e para as escolas que vão iniciar o ano de 2024, é uma espécie de marco divisor, pois é um ensino que vai proporcionar uma nova educação para o aluno, onde ele vai ser protagonista da sua vivência. É o momento em que você pode tirar suas dúvidas, conhecer o trabalho dos presente e trazer aquilo que eles já vivenciaram para a nossa realidade", disse Carmen Barbosa, técnica de referência de Tempo Integral
Processo de adesão -A Secretaria, no mês de setembro, iniciou o processo para adesão das escolas ao modelo "Ensino Integral - Escola da Escolha" para o ano de 2024, onde os diretores consultavam a comunidade escolar e registravam a manifestação de interesse ou não, por meio de uma plataforma online.
"No segundo semestre fizemos um processo de adesão, onde todas as escolas estaduais do Pará participaram. Elas indicariam, a partir de uma conversa, uma escuta com a comunidade, se haveria o interesse ou não em aderir ao ensino integral. Nós tivemos um resultado muito expressivo, e nesta Formação estão os representantes de 61 escolas que manifestaram interesse em ofertar o tempo integral na sua unidade escolar", conta a coordenadora de Escola de Tempo Integral.
As escolas com jornada integral, em 2024, terão três vezes mais recursos do Programa Dinheiro na Escola Paraense (Prodep), para a aquisição de materiais pedagógicos e tecnológicos, além da possibilidade de realizar pequenas obras e manutenção contínua. Além disso, é importante destacar que são garantidas aos estudantes em jornada integral 3 refeições diárias, sendo 1 almoço e 2 lanches.
Luciana SousaA diretora Luciana Sousa, da Escola Estadual Antonio Batista Belo de Carvalho, localizada no município de Santarém, oeste paraense, e que aderiu o modelo de tempo integral, relatou a importância da participação na formação.
"Na escola foi feita a consulta pública e a adesão teve mais de 50% da comunidade. Isso foi uma surpresa, essa aceitação dos pais em relação ao modelo proposto. A escola fica em um bairro da periferia e muitos pais, por trabalharem e não terem com quem deixar seus filhos, o tempo integral é muito melhor, já que as crianças ficam na escola, que é um ambiente seguro, e não nas ruas", finaliza a diretora.
Texto: Bianca Rodrigues (Ascom Seduc)
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