O União Brasil já tem um nome para indicar à vaga do ministro das Comunicações, Juscelino Filho: o líder da bancada na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, diretamente ligado ao presidente da sigla, Antonio de Rueda. Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de corrupção, o próprio Juscelino deve entregar uma carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Depois da denúncia da PGR, Rueda teve uma reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, nesta terça-feira, 8, para tratar da substituição do correligionário. Lideranças da bancada que conversaram com a Coluna do Estadão, avaliam que Pedro Lucas já vinha sendo preparado pelo presidente do partido para assumir o ministério. Procurado, Rueda não retornou.
Como mostrou a Coluna, logo após assumir a liderança do União, Pedro Lucas acenou diretamente a Lula ao apresentar um projeto de lei contra o desperdício de alimentos, no momento em que o preços dos produtos impacta a popularidade presidencial. Além disso, ele fez parte da comitiva do petista ao Japão e ao Vietnã duas semanas atrás, o que reforçou a aproximação.
Sua ascensão significa ainda mais acúmulo de poder de Rueda, como já ocorreu quando ele foi escolhido líder.
O partido deve aguardar a volta de Lula de uma viagem a Honduras para conversar com o presidente. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, havia um entendimento prévio entre Juscelino e o petista de que, caso houvesse a denúncia da PGR, ele seria afastado do ministério. Para evitar constrangimento, ficou acertado que o próprio ministro apresentaria, rapidamente, uma carta de demissão.
Com a iminente demissão de Juscelino, integrantes da base governista criaram expectativa de o presidente Lula destravar a reforma ministerial. Entretanto, haverá apenas uma troca "de seis por meia dúzia". A cadeira será mantida com o União Brasil e, confirmada a indicação de Pedro Lucas, também com um nome da Câmara.
O partido vive um racha com forte pressão interna para virar oposição. A ala oposicionista da legenda, inclusive, já trabalha pela candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que fez evento para apresentar seu nome, na semana passada.
O União foi formado em 2021 a partir da fusão entre o DEM e o PSL, mas as diversas alas da sigla vivem um racha. No ano passado, o então presidente Luciano Bivar (PE) foi substituído por Rueda. Os dois eram aliados mas romperam relações.
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