O Brasil está enfrentando um surto de Oropouche, com mais de 7 mil casos confirmados este ano, incluindo três mortes, as primeiras registradas no mundo.
No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que até 31 de julho foram registrados 74 casos de febre Oropouche no estado. Para combater a doença, a Sespa está realizando cursos técnicos para diagnóstico diferenciado, reuniões de orientação nos municípios e coleta de vetores para investigação.
Nesta sexta-feira, 2 de agosto, o Ministério da Saúde confirmou um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical da febre Oropouche, onde o vírus é transmitido da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto.
Segundo a Agência Brasil, uma grávida de 28 anos na 30ª semana de gestação faleceu em Pernambuco. O Ministério da Saúde informou que há oito casos de transmissão vertical de Oropouche em investigação: quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre.
Até 28 de julho, foram registrados 7.286 casos de Oropouche em 21 estados brasileiros: Amazonas, Rondônia, Bahia, Espírito Santo, Acre, Roraima, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Maranhão, Mato Grosso, Amapá, Paraná, Tocantins, Sergipe, São Paulo e Paraíba.
A maioria dos casos foi registrada no Amazonas e em Rondônia. Um óbito em Santa Catarina está em investigação. Os dois primeiros óbitos pela doença no país foram confirmados na semana passada, envolvendo mulheres do interior da Bahia com menos de 30 anos.
A febre Oropouche é uma arbovirose, transmitida principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo febre súbita, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Não há tratamento específico, mas os sintomas podem ser tratados com analgésicos e anti-inflamatórios.
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