Representada pela Direção-Geral e médicos veterinários da área técnica, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) está participando de evento internacional que discute a Erradicação da Febre Aftosa, que ocorre desde segunda-feira, 22, e segue até a sexta-feira,26, no Rio de Janeiro, reunindo mais 12 países que abordam o progresso, definem estratégias e trocam experiências de erradicação doença. O evento conta com duas programações, o Seminário Internacional e a 50ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana de Combate à Febre Aftosa (Cosalfa).
Com o novo status sanitário já reconhecido nacionalmente, de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, o Pará participa do evento internacional para acompanhar os avanços dos demais países que também compõem o Programa Hemisfério de Erradicação da doença, além de buscar mais conhecimentos para serem inseridos no Estado, mantendo o novo status sanitário e definindo estratégias para a busca do reconhecimento internacional.
“É muito importante pra nós, do Estado do Pará, participarmos de eventos como este, onde se discute as estratégias para controle da Febre Aftosa e manutenção do status sanitário de zona livre. Conhecemos os cases de sucesso e as ações exitosas realizadas pelos países da América do Sul e assimilamos a importância do Estado neste contexto, já que pleiteamos uma zona livre de aftosa sem vacinação. Avanço este, que proporciona benefícios à cadeia pecuária local, possibilidades de abertura de novos mercados e geração de renda ao nosso povo”, enfatizou o diretor-geral Jamir Macedo
A comissão da Adepará é formada pelo diretor-geral Jamir Macedo, diretor de Defesa e Inspeção Animal, Josino Santos, pelo gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, George Santos, pelo coordenador do Estudo Epidemiológico, Glaucio Galindo, e pelo médico veterinário Eufrásio Jácome, que durante a semana estarão conhecendo outros importantes trabalhos e desafios dos países que já são áreas livres sem vacinação.
O Seminário Internacional “Perto da Erradicação Regional: Meio século de progresso”, que ocorreu nos dias 22 e 23, foi promovido pela Organização Panamericana de Saúde e contou com a apresentação de inúmeros trabalhos técnicos, incluindo do gerente do Programa Estadual George Santos, que expôs com o tema “Vigilâncias Epidemiológicas do Serviço Veterinário Oficial no Estado do Pará em 2023 frente às novas diretrizes do PNEFA”.
“Trouxemos uma apresentação em pôster digital para compartilharmos as metodologias e resultados de nossas vigilâncias epidemiológicas, já atendendo ao Programa de Vigilância Baseada em Risco - PVBR Estadual”, ressaltou o gerente George.
Nos dias 25 e 26, acontece a 50ª Reunião Ordinária da Cosalfa, formada por 26 representantes, que incluem setores público e privado, cadeia produtiva, diretor do Serviço Veterinário Oficial e entidade sindical, de 13 países da América do Sul e do Panamá. Estando em seu último ano do quinquênio 2021-2025, no encontro serão avaliados os resultados alcançados nos últimos três anos do plano atual do Programa Hemisfério de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).
“Ambos eventos trazem o que os países estão implementando para este último degrau na suspensão da vacinação e os planejamentos de ações futuras, e as trocas de experiências com outros Serviços Veterinários Oficiais que já são livres da doença sem vacinação”, finalizou George Santos.
O Programa Hemisfério teve seu primeiro plano elaborado em 1988, e desde então 98% dos territórios da Sul-Americana alcançaram e mantiveram o status sanitário de livre da febre aftosa com ou sem vacinação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Além do Brasil, participam também a Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Argentina, Suriname, Venezuela e Uruguai.
Novo Status Sanitário do Pará - O trabalho qualificado realizado pelo Serviço Veterinário Oficial da Adepará culminou este ano, com a conquista do novo status sanitário nacional de zona livre da doença sem vacinação. Um marco para a pecuária paraense, que contou também com o empenho de toda a cadeia produtiva.
O Estado encontra-se realizando a última campanha de vacinação contra a Febre Aftosa, que segue até o dia 30 de abril, seguindo os protocolos estabelecidos no Plano Estratégico de retirada da vacina. Com a suspensão, o produtor irá reduzir os custos com a compra de vacina e a produção de carne deve conquistar novos mercados, mais exigentes.
Estado possui o segundo maior rebanho do País, mais de 26 milhões de bovinos, e cobertura vacinal acima de 98%, e agora precisa ficar um ano sem vacinar, e por igual período, sem receber animais vacinados, para que possa conquistar o status internacional de zona livre da febre aftosa sem vacina.
Estudo Epidemiológico - A Agência de Defesa Agropecuária concluiu as atividades de vistoria e coleta de amostras de sangue de bovinos para o estudo sorológico, com a finalidade de constatar a ausência de circulação viral da Febre Aftosa para o processo de validação e alcance do novo status sanitário. As coletas foram realizadas em 102 propriedades rurais, de 55 municípios paraenses. Foram coletadas amostras de sangue de 3.400 bovinos, com idades de até 24 meses. Nas propriedades, além das coletas de sangue para testes laboratoriais, os animais foram clinicamente inspecionados.
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