Conforme as informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor maligno do colo do útero figura como o terceiro mais frequente entre as mulheres no Brasil. Em todo o mundo, a neoplasia tem 85% de casos nos países de menor IDH, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
No mês de conscientização sobre o câncer do colo do útero, Paulo Mora, oncologista clínico dos hospitais Vitória, Samaritano Barra e Samaritano Ipanema, além de coordenador de Oncologia Ginecológica da Oncologia Americas, fala sobre as inovações no tratamento de um câncer com elevadas chances de cura, dependendo da fase em que é detectado e do melhor tratamento empregado.
O especialista afirma que, atualmente, há avanços na abordagem terapêutica, levando em consideração as características de cada situação e reforça que a informação sobre o tema é de grande importância, especialmente, no mês marcado também pelo Dia das Mulheres. “Dentre as opções cirúrgicas, para as doenças em fase inicial, se destacam as modalidades dos procedimentos minimamente invasivos, como videolaparoscopia e cirurgia robótica em estágios iniciais, assim como o uso de tecnologias que nos permitam analisar de forma preliminar a verdadeira extensão da doença”, diz.
Mora ressalta que, nos últimos anos, houve um crescimento de medicamentos para o tratamento do câncer avançado ou recidivas (retornos), quase sempre com base na característica biológica e molecular. “São fármacos baseados na biologia tumoral ou nos alvos moleculares descobertos no câncer de colo uterino, que aumentam a eficiência dos tratamentos e geram ganhos reais para as nossas pacientes”, explica.
Com relação à prevenção, do ponto de vista populacional, Mora indica que a maior cobertura vacinal possível contra o HPV é uma poderosa ferramenta, tendo em vista que o imunizante é gratuito, pelo Sistema único de Saúde (SUS), para os meninos e meninas.
Outro aspecto, vale ressaltar, é a realização de exames preventivos, como o colpocitológico, mais conhecido como Papanicolau, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde.
Sobre a vacinação nas adultas, o médico afirma que ainda não há uma recomendação formal para a vacinação ampla de mulheres adultas. “Ainda é consenso que a melhor imunização se dá antes da idade adulta e do início da atividade sexual, porém existem situações individuais onde as vacinas poderão ser indicadas para mulheres fora da faixa etária habitual, caso das diagnosticadas com imunodeficiências”, pondera.
Sobre o tema, a melhor notícia é que a informação salva, pois a grande maioria dos casos atendidos nas unidades em o especialista que atua, podem ser curados mediante a assistência multidisciplinar especializada, além de procedimentos como radioterapia, medicina nuclear, radiologia, entre outros. “ Nossas equipes trabalham de forma integrada em um Board de Ginecologia Oncológica, que reúne, toda semana, os especialistas para debater as melhores estratégias em cada caso. Esse é um recurso que aumenta muito a troca de informações, atualização no tratamento e a precisão da terapia escolhida”, finaliza.
Mais informações:
Andresa Feijó – Comunicação Externa
Hospitais Samaritano Barra, Ipanema, Vitória e Oncologia Americas
(21) 97271-6387
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