Os cigarros eletrônicos ganharam tanta popularidade que já entraram na lista de preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora tenham formatos e fragrâncias bem diferentes do tabaco tradicional, esses dispositivos produzem danos à saúde semelhantes aos do cigarro comum, segundo estudo publicado nessa terça-feira (9/2).
A conclusão partiu da análise de 11 pesquisas que compararam a saúde respiratória de fumantes e dos usuários de cigarro eletrônico. Os autores do trabalho elencaram 12 doenças relacionadas ao consumo de vapes e pods, como os cigarros eletrônicos são chamados.
Impactos do uso de cigarro eletrônico
Entre as doenças respiratórias causadas pelos cigarros eletrônicos estão quatro tipos de pneumonia, dois tipos de bronquite crônica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), além da piora dos quadros de asma.
Os pesquisadores destacaram ainda uma nova doença: a Evali, que provoca lesão pulmonares sérias e foi diretamente associada ao consumo de cigarros eletrônicos.
Embora ainda não seja possível associar o uso de vape ao desenvolvimento de cânceres de pulmão, boca ou de garganta – que são bastante ligados ao vício em cigarros -, os pesquisadores não descartaram essa possibilidade.
Segundo os pesquisadores, o vício em cigarros tradicionais também está associado a uma maior chance de sofrer acidente vascular cerebral (AVC) e efisema, além dos males descritos para os vapes e pods.
Os pesquisadores, no entanto, ressaltam que os dados sobre os malefícios dos cigarros eletrônicos são iniciais – pois o hábito é recente – e que, em longo prazo, é possível que apareçam evidências de outras doenças.
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